sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

a língua do relâmpago



lábios & mãos con
somem o
oco das horas
sobre
vivendo à
escrita elétrica da luz
com navalhas


toc
ando as entranhas
do espírito
feito
sacra
rio entre
tec(ido) na
fronte do poeta
ou voz petri
ficada


procur
ando
sil(abas) azuis
que a res
piração dos páss
aros
leva
consigo


ó
solit
ária injuria
semeada no in
visível
frac
assadas as
cíclicas fugas dos
auto
móveis


rumo ao fogo
inconsumível do o
caso ress
urge
ante a textura das marés
de escárnio
um exército
de sombras vege
tais


per
seguindo relâm
pagos
muito além
das prom
essas
onde naufraga o
esqueleto das convicções


é que res
s(urge)
a impiedosa voz da vi
leza tal altiva
embarc
ação deslizando
contra o fluxo
envene
nado das marés



ou edifícios
chicote
ando o
hí(men) ard
ente dos pesad
elos


o poeta indig
nado
exalta a morte
em suas pálpebras
petri
ficadas


re(colhe)ndo
cacos da real
idade
no peçonhento
poço do poema


como quem co
leciona
(in)s etos
por vaidade

Um comentário:

Alessandra Espínola disse...

já envenenada por tua poesia,
sem antídoto!
Um beijo